Entretanto
Nunca mais escreves nada, foi a frase que ouvi mais nos últimos meses. Sempre que a ouvi senti uma grande frustração. A verdade é que tenho escrito muito, geralmente para revistas. Desde Janeiro escrevi cerca de sete textos, cada um deles bastante extenso. Dá cerca de um texto cada quinze dias. Tem sido um ritmo forte, que me tem obrigado a experimentar outras maneiras de escrever e que não me tem deixado muito tempo para actualizar o blogue.
Escrevi a introdução de uma monografia sobre os BarbaraSays, que vai sair ainda este ano em França, editada pela Pyramid; sobre o António Gomes, dos BarbaraSays, escrevi também um artigo, que vai aparecer na revista Slang; escrevi um pequeno texto na Dif sobre as experiências tipográficas do escritor de ficção científica Alfred Bester; escrevi um artigo na revista Ar Líquido, da Universidade Lusíada, sobre a forma como o design pode produzir periferia; participei também no projecto editorial Texto, para onde escrevi – para já – uma recensão à exposição de cartazes 175 x 120. Foram excelentes oportunidades de experimentar outros formatos e outros assuntos, que aproveito para agradecer – e publicitar – aqui no Ressabiator.
No entanto, apesar de todas as vantagens que uma revista tem, tenho bastantes saudades de escrever no blogue. Numa revista, temos mais espaço, os artigos podem ser mais longos, às vezes até somos pagos, e, no fim, aquilo que fica é mesmo uma coisa – tinta sobre papel; num blogue, nada disto acontece, mas os textos aparecem com uma urgência que a página impressa simplesmente não tem. São textos mais rápidos, mais curtos, lidos por mais gente, que lhes pode responder de imediato e na mesma moeda.
Feitas as contas, se tivesse de escolher, ia ser muito difícil.
Escrevi a introdução de uma monografia sobre os BarbaraSays, que vai sair ainda este ano em França, editada pela Pyramid; sobre o António Gomes, dos BarbaraSays, escrevi também um artigo, que vai aparecer na revista Slang; escrevi um pequeno texto na Dif sobre as experiências tipográficas do escritor de ficção científica Alfred Bester; escrevi um artigo na revista Ar Líquido, da Universidade Lusíada, sobre a forma como o design pode produzir periferia; participei também no projecto editorial Texto, para onde escrevi – para já – uma recensão à exposição de cartazes 175 x 120. Foram excelentes oportunidades de experimentar outros formatos e outros assuntos, que aproveito para agradecer – e publicitar – aqui no Ressabiator.
No entanto, apesar de todas as vantagens que uma revista tem, tenho bastantes saudades de escrever no blogue. Numa revista, temos mais espaço, os artigos podem ser mais longos, às vezes até somos pagos, e, no fim, aquilo que fica é mesmo uma coisa – tinta sobre papel; num blogue, nada disto acontece, mas os textos aparecem com uma urgência que a página impressa simplesmente não tem. São textos mais rápidos, mais curtos, lidos por mais gente, que lhes pode responder de imediato e na mesma moeda.
Feitas as contas, se tivesse de escolher, ia ser muito difícil.
11 Comments:
ainda bem que não tens de escolher!
toca a postar!
bravo pela expansão! mas tenho saudades de te ler por aqui!
bravo amigo!
que bom que é ler os teus feitos mais uma vez. e saber que andas por aí a espalhar a tua palavra e a gabares-te dela.
eu vinha cá e pensava que se apresentavam ideias. agora descubro que é um blog pessoal, mas se assim é, porque não partilhar só com os amigos que tenham paciência para seguir os passos? ou querias que fossemos todos procurar essas magnificas obras impressas onde poisas letras?
têm paciência pá!
se o post não apresenta ideias, não sei. vou tentar ler os textos referidos e depois digo qualquer coisa. agora, os comments (e o último é um bom exemplo) continuam a ser uma valente bosta. não apresentam qualquer tipo de ideia. nem sei porque decidi vir lê-los. eu sei que "Os comentários devem respeitar educadamente outras opiniões presentes na discussão" portanto não devia ter escrito "bosta", mas se o administrador tem paciência para aturar comments como o último, vai deixar este passar de certeza
porque é que não vão chatear o Mário Feliciano? o blog dele é só gabanço.
gostava de perceber uma coisa: porque é que um post neste blogue pode apresentar ideias e um texto escrito pelo mesmo autor numa revista não?
Reacção a um 'bravo' à boa maneira 'portuguesa'!
Já andava para deixar um 'post' acerca de certos 'posts' neste blog.
Não vou dizer muito do conteúdo deste 'blog', porque os 'blogs' são espaços
pessoais mantidos por pessoas que gostam ou querem partilhar algo,
se eu o leio é porque quero, ninguém me obriga e se não concordo tenho duas hipóteses:
1. Parto para outra;
2. Deixo um comentário ou uma crítica construtiva (como já o fiz).
Todos os 'blogs' que eu leio em línguas que não a nossa funcionam assim e nunca
vi 'posts' deste tipo, agressivos e cheios de mal dizer. Tenho imensa vergonha de ser portuguesa quase todos os dias, ainda mais quando pessoas que deveriam ter um certo nível de cultura e educação se comportam desta forma! É penosa a sociopatologia dos portugueses, o não saber comportar-se, o não saber estar, o querer pisar, eliminar, apagar do mapa. O não querer ser melhor mas único, o não tentar saber mais mas dizer mal do vizinho que o sabe.
Também acho sintomático que se faça tudo pela calada, sem dar a cara, no anonimato; imagino até o autor destes 'posts' fantásticos todos os dias pela manhã a cumprimentar o Sr. Ressabiator, Olá pá! Como estás? - sim porque o pá tem que lá estar, põe-nos todos no mesmo alguidar e é exactamente disso que se trata.
Fazer críticas construtivas, adicionar massa aos conteúdos expostos não tem qualquer interesse, pensar para o quê? Vai jogar o FCP e tenho que correr para o sofá, não há tempo para tentar
fazer diálogo! O importante de qualquer forma já está feito desmoralizar!
'Posts' construtivos precisam-se! Obrigada, e não disponha do espaço que lhe está à mão, use-o de forma útil.
Susana
ai, eu adoro o ressabiator.
adoro, adoro, adoro
se há coisa que eu muito estimo é o meu ressabiator.
não me desfaço dele por nada.
quoted at http://www.eurosom.blogspot.com/
este senhor diz " se nao podes po-los a dançar uma vez, podes po-los a dançar duas vezes", não está mal :-)
Tão Litcha pá... Copy Paste, ao menos. Assim é que escrevi:
Se não podes pô-los a pensar uma vez, não podes pô-los a dançar duas vezes. Obrigado pela visita lá no Eurosom, na mesma. E quanto ao regresso do escritor, eu sei que para se estimar se adopta um gato ou um cão, mas veja lá, sr Ressabiator, se usa bem e muito esse novo powerbook! Benvindo seja.
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