Criticar
Em Portugal, a ausência de uma crítica especializada distingue o design gráfico da maioria dos outros designs (moda, equipamento, etc). O grande público ignora o design gráfico quase totalmente, confundindo-o com marketing ou publicidade. Quando confrontados com esta situação, muitos designers já estabelecidos declaram não se interessar por uma divulgação da profissão - basta fazer o trabalho bem feito e com amor, etc. No entanto, quando as coisas dão para o torto é frequente ouvir tiradas como “o designer deve educar o cliente”.
Neste momento, estão em marcha autênticos cursos de formação de clientes (verídico!!!). Uma solução muito mais óbvia seria a crítica na imprensa geral. No entanto, a existência de uma verdadeira recensão da actividade gráfica nacional provocaria alguma má disposição, comparada com a sua não existência. Embora a crítica de café seja bastante dura, é muito raro um designer ser confrontado com uma recensão do seu trabalho. A pouca imprensa especializada — e não só — tem os seus canhões convenientemente apontados além-fronteiras.
O público interessa-se sobre o que lhe é pertinente, sobre aquilo que o afecta e emociona, aquilo que lhe está próximo. Na televisão e imprensa actuais, a ênfase é local. Notícias de bairro, pequenos acontecimentos elevados a escândalo. Para o melhor ou para o pior o público habituou-se a ser alvo de notícias. Enquanto o design gráfico internacional tenta alcançar uma voz mais activa dentro da sociedade, o design gráfico nacional parece satisfeito de simplesmente assistir descansadamente ao que se passa lá fora. Não se trata de protagonismo, mas simplesmente de estar presente.
Neste momento, estão em marcha autênticos cursos de formação de clientes (verídico!!!). Uma solução muito mais óbvia seria a crítica na imprensa geral. No entanto, a existência de uma verdadeira recensão da actividade gráfica nacional provocaria alguma má disposição, comparada com a sua não existência. Embora a crítica de café seja bastante dura, é muito raro um designer ser confrontado com uma recensão do seu trabalho. A pouca imprensa especializada — e não só — tem os seus canhões convenientemente apontados além-fronteiras.
O público interessa-se sobre o que lhe é pertinente, sobre aquilo que o afecta e emociona, aquilo que lhe está próximo. Na televisão e imprensa actuais, a ênfase é local. Notícias de bairro, pequenos acontecimentos elevados a escândalo. Para o melhor ou para o pior o público habituou-se a ser alvo de notícias. Enquanto o design gráfico internacional tenta alcançar uma voz mais activa dentro da sociedade, o design gráfico nacional parece satisfeito de simplesmente assistir descansadamente ao que se passa lá fora. Não se trata de protagonismo, mas simplesmente de estar presente.
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